sábado, 14 de março de 2015

João Alberto diz que culpados da Lava Jato devem pagar


O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), foi categórico ontem (13), em contato por telefone com o titular do blog, ao comentar como se dará sua atuação à frente do colegiado caso sejam formalizadas denúncias contra colegas senadores citados no escândalo do Petrolão.

Segundo ele, o “clima esfriou” em Brasília após o impacto inicial da revelação da lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas caso sejam apresentadas provas “palpáveis” de envolvimento de parlamentares, esses devem “pagar’.

“Nós somos lá [no Conselho de Ética] juízes. O juiz não tem esse poder de ir buscar provas. Ele tem que analisar o que chega a ele. Se tiver alguma denúncia no Conselho de Ética e que essa denúncia traga algum documento palpável, com alguma credibilidade, aí sim, nós aceitaremos a denúncia e nomearemos um relator para ir buscar as provas. E quem tiver culpa no cartório que pague pelo seu crime”, declarou.

O senador, no entanto, fez ponderações sobre a delação premiada, criticou o crédito que tem sido dado aos depoimentos dos delatores e acrescentou que a palavra de um senador deve valer mais que a de “um cidadão que se diz corrupto”.

“Eu não posso nunca comparar a palavra de um senador com a palavra de um cidadão que se diz corrupto, de um réu confesso. No confronto, precisa-se ver o que realmente que tem de documento a esse respeito: a quebra de sigilo bancário, levantamento de bens patrimoniais para se poder chegar a alguma conclusão”, disse.

Para completar: “O que eu estou vendo são apenas acusações, sem documentos, que não chegam a lugar nenhum”.
Imagem do dia: Prefeito Léo Coutinho inaugura mais um Centro de Educação Infantil em Caxias 



Na manhã deste sábado (14), às 10h, foi inaugurado mais um Centro de Educação Infantil em Caxias. O novo CEI recebe o nome da professora Isabel Dolores Brito, a Bebel, educadora com uma extensa folha de serviços prestados a educação caxiense. Localizado no bairro Antenor Viana, lá serão atendidos 240 crianças. A solenidade de inauguração contou com a presença do prefeito Léo Coutinho, da secretaria de Educação, Maria Lucita, da presidente da Câmara, vereadora Ana Lucia Ximenes, demais secretários municipais e vereadores, além de familiares e amigos da homenageada, que faleceu em novembro de 2009, deixando um grande legado para a educação do municipio.  

"Vem pra rua": artistas gravam vídeos defendendo protestos de amanhã  


 O Estadão

O movimento Vem Pra Rua divulgou nesta sexta-feira, 13, vídeos de vários artistas no Facebook defendendo os protestos marcados para o próximo domingo, 15. A maioria usou a palavra "basta" para resumir o mote das manifestações contra a corrupção na política e a falta de serviços públicos de qualidade.

A atriz Christine Fernandes diz que não tem um partido político que a represente, mas que não aguenta mais a situação atual, como cidadã brasileira que paga impostos.

O humorista Marco Luque diz que não quer mais pagar por educação e saúde que o povo não tem, que os impostos são muitos e desnecessários e que, com esse dinheiro, o Brasil já poderia ser um País de "primeiro mundo".

O ator Marcelo Serrado pondera que nem todos os políticos são corruptos, mas diz que há algo errado com a política brasileira e que todas as classes, não só os ricos, estão insatisfeitas. Ele destaca a alta do dólar e dos impostos e o escândalo da Petrobrás. Caio Castro, Malvino Salvador, Kadu Moliterno e Márcio Garcia também gravaram mensagens.

Porta-voz do Vem Pra Rua, o empreendedor Rogerio Chequer, afirma que o movimento é apartidário, que o processo de impeachment requer premissas jurídicas e políticas e defende maior eficiência do Estado. Apesar de se colocar como apartidário, o grupo apoiou publicamente o candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves no segundo turno das eleições no ano passado.
Vice-presidente diz ser "impensável" e "inviável" discussão sobre impeachment de Dilma Rousseff  

de O Globo  

O vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) afirmou, nesta sexta-feira, em Belo Horizonte (MG), ser “impensável” e “inviável” discutir um suposto impeachment da presidente Dilma Rousseff. O peemedebista disse que as manifestações contra o governo marcadas para o próximo domingo são “legítimas”. Temer, no entanto, condenou possíveis atos de violência que possam ocorrer durante os protestos. 
 
- As manifestações são legítimas. Não há coisa melhor para democracia do que manifestação, evidentemente manifestações pacíficas, que não agridam pessoas nem patrimônios. História de impeachment eu nem falo, porque é uma coisa absolutamente impensável, inviável, é uma quebra da institucionalidade que não é útil para o país. Se o país passa por uma dificuldade, você supera essa dificuldade, mas não pensa nessa hipótese - declarou o vice-presidente.

Temer elogiou o depoimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na CPI da Petrobras, na última quinta-feira, e rechaçou a possibilidade de rompimento com o PT. Temer substituiu a petista em evento realizado em Belo Horizonte (MG) para apresentar balanço da campanha Justiça Pela Paz em Casa. Oficialmente, a presidente atribuiu o cancelamento à saúde da mãe, mas integrante do governo afirmou ao jornal O Globo que o motivo seria o temor de vaias e fortes manifestações. 

Na quinta-feira, Cunha falou na CPI por aproximadamente 1 hora, criticou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e afirmou ainda que existe uma tentativa do Planalto de jogar a crise para o Congresso. Questionado sobre o posicionamento do correligionário, Temer foi lacônico, mas não deixou de elogiá-lo.
 
— Ele (Eduardo Cunha) foi muito bem, uma coisa juridicamente muito competente. Ele pegou tema por tema de que foi acusado pela PGR (Procuradoria Geral da República) e buscou destruir esses argumentos — afirmou.

Temer ainda afastou a possibilidade de o PMDB romper com o PT e disse que é uma decisão que cabe apenas a Dilma conceder mais cargos ou não do governo ao PMDB. Apesar de descartar possibilidade de impeachment, o vice-presidente admitiu a crise institucional entre Planalto e Congresso.

— É uma relação institucional, é relação entre Executivo e Congresso, coincidentemente hoje dirigido por dois peemedebistas. Foi uma tensão institucional e acho que tem que ser resolvida. É resolvida com esse diálogo que está sendo feito e que será levado adiante — afirmou.

O peemedebista aproveitou diversas oportunidades para sinalizar que a concessão do governo feita ao PMDB para aprovar a Medida Provisória sobre a correção da tabela do Imposto de Renda deve ser a tônica daqui pra frente.

— Facilitará muitíssimo (a conversa entre Executivo e Legislativo após concessão do governo). Há alguns dias visitei o Congresso Nacional e declarei que Executivo não governa sozinho, governa com Congresso Nacional. Muitas vezes Executivo tem proposta e não é a proposta desejada pelo Congresso. Neste momento, você faz um ajustamento. A gente vai seguir nessa trilha. Ou seja, Congresso Nacional e Executivo governam juntos — afirmou Temer.